quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O melhor e o pior da festa em Las Vegas



Foi-se o All-Star Weekend, e muita gente por aí tem dito que a 56ª edição do evento foi a pior da história. Hum, será? Provavelmente não. Juntando sexta, sábado e domingo, fica a impressão de que tudo poderia ter sido melhor. Mas não sejamos tão exigentes. Os últimos dias nos deram alguns bons momentos de diversão. Para tirar a prova dos nove, vamos ao que rolou de melhor e pior ao longo do fim de semana.


VIVA LAS VEGAS:

1. Shaquille O`Neal
O pivô do Miami Heat foi a grande estrela da festa. Na tarde de sábado, chamou LeBron e Howard para um hilário desafio de dança. À noite, vestiu terno amarelo e mostrou ao mundo seu incrível tênis-caça-níqueis. No domingo, errou uma cravada, mas ganhou uma segunda chance e, após o acerto, tascou um beijo em T-Mac. Em seguida, encarou Mehmet Okur na disputa um-contra-um e deu-lhe um crossover. Genial.

2. O show de Lee e Paul
David Lee e Chris Paul tinham algo a provar no desafio dos calouros. O primeiro poderia ser titular no New York Knicks. O segundo poderia estar no evento principal de domingo. Os dois comandaram a turma de segundo ano com estilo. Lee acertou seus 14 arremessos foi eleito MVP, com 30 pontos e 11 rebotes. Paul anotou 16 pontos, incríveis 17 assistências e (mais incríveis ainda) nove roubadas.

3. O adesivo de D-12
Ok, Gerald Green foi legal, mas o grande lance criativo do torneio de cravadas saiu do cérebro de Dwight Howard. O pivô do Orlando recebeu o passe de Jameer Nelson, saltou lá no quinto andar, colou um adesivo no topo da tabela com a mão esquerda e enterrou com a direita. Pena que o júri não viu direito e o deixou fora da final.

4. Gilbert "Presley" Arenas
O Agente Zero fracassou de forma retumbante na disputa de três pontos e no jogo de domingo. Mas protagonizou um dos momentos mais legais do fim de semana. Enquanto os clones de Elvis faziam cestas acrobáticas durante uma pausa do All-Star, ele virou para Shaquille e disse que conseguiria fazer melhor. O pivô, então, sugeriu uma aposta: "Se você for lá, eu coloco US$ 100 mil na sua fundação de caridade". Arenas pegou uma bola, entrou na fila, tomou impulso na cama elástica e cravou, para delírio da torcida. Só ele é capaz de uma loucura dessas.

5. Barkley x Bavetta
Cada passada do ex-jogador vale por três do ábitro, então a disputa ficou injusta. Mas valeu pela curtição. Sir Charles cruzou a linha de chegada virado de costas, o que lhe rendeu um belo tombo. Bavetta, por sua vez, mergulhou no chão para chegar mais rápido e acabou com os joelhos ralados. No fim das contas, teve até selinho.


FORA LAS VEGAS:

1. Hardaway, o estúpido
Antes mesmo de a festa começar, Tim Hardaway deu entrevista a uma emissora de rádio e expôs toda a sua ignorância: "Eu odeio os gays e quero deixar isso bem claro. Eles não deveriam existir em nehuma parte do planeta, muito menos nos Estados Unidos". Depois de frases tão cristalinas, pediu desculpas duas vezes. Não adiantou. David Stern fez muito bem e barrou o ex-armador da festa em Las Vegas.

2. Jordan, o ranzinza
No melhor estilo Pedro de Lara, Michael Jordan abusou das notas baixas como jurado do concurso de enterradas. Estava num mau-humor de dar gosto. Daquele jeito, era melhor ter ficado em casa.

3. Gordon, o trapalhão
O time de Chicago poderia ter vencido o Shooting Stars com uma cesta de Scottie Pippen do meio da quadra. Mas a performance foi anulada porque Ben Gordon se confundiu e arremessou antes de Candice Dupree.

4. Tyrus, o mala
Como se não bastasse ter dito que só iria ao torneio de enterradas para buscar seu cheque, Tyrus Thomas chegou lá e só fez besteira. Os dois movimentos que apresentou foram cópias baratas de Kenny Smith e Nate Robinson. Por fim, ainda arrancou a rede do aro e obrigou a organização a interromper o evento. Que papelão...

5. Kidd e Nash, os ausentes
Sem Jason Kidd e Steve Nash, o All-Star Game sentiu falta de armadores natos para comandar o show. Tony Parker e Gilbert Arenas eram os únicos em quadra, mas os dois são mais finalizadores do que criadores. Resultado: poucas pontes aéreas, poucos lances espetaculares.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

All-Star, mesmo, rolou à margem do jogo



Pode ser sintomático, mas os dois melhores momentos do All-Star Game 2007 aconteceram fora do jogo e não tiveram nada a ver com a seleção do Oeste, vencedora da noite com um inapelável 153-132.

1) O primeiro grande lance pintou um dia antes, no treino do Leste, quando Shaquille O`Neal chamou LeBron James e Dwight Howard para um hilário desafio de dança. Não vale nem comentar: as imagens dizem tudo. Dê um play no vídeo abaixo e tente conter o riso:



2) Durante o jogo, os clones de Elvis Presley entraram na quadra e começaram a executar aquelas enterradas com cama elástica. Do nada, Gilbert Arenas entrou na fila, correu, pulou, passou a bola por baixo das pernas e enterrou. O banco do Leste mal acreditou na maluquice.

É este clima de descontração que ainda mantém o interesse no All-Star. Em termos de basquete, o MVP Kobe Bryant jogou como se estivesse na temporada regular: 31 pontos, seis roubadas, seis assistências e um punhado de belas cravadas. Stoudemire, Carmelo, Marion e McGrady (11 assistências, quem precisa de Nash?) também brilharam.

LeBron comandou o Leste com 28 pontos, seis rebotes e seis passes. Dwight Howard contribuiu com 20 pontos, 12 rebotes e algumas socadas de respeito. Vale lembrar que O`Neal chegou a dar um crossover em Mehmet Okur, mas em seguida lascou uma tijolada no aro. A decepção ficou por conta de Gilbert Arenas, meu palpite para MVP, e Dwyane Wade. A dupla de armadores titulares errou mais do que acertou.

Não foi jogo para tirar ninguém da cadeira. Mas pelo menos nos rendeu alguns momentos de diversão, e isso é o que vale.

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Chegou a hora dos cachorros grandes

Arenas está com cara de quem vai ser MVP


Salve, amigos.

Já estou aqui no estúdio da Globo.com, na Barra da Tijuca, para a transmissão do All-Star Game. Só não posso deixar a bola laranja subir sem antes dar um lustre em outra bola, a de cristal.

Dos cinco palpitões de sábado, acertei dois (Wade e Green), errei dois (Arenas e Bavetta) e só não faturei o Shooting Stars porque Ben Gordon fez besteira. O aproveitamento é... ok, é péssimo. Mas a esta altura do campeonato, não dá para pisar no freio. Então vamos ao domingão.

Para manter a tradição dos últimos dois anos, aposto no Leste.

A conferência em si é um poço sem fundo, mas os craques seguram a onda. O que pesa a favor do Oeste na temporada regular é a quantidade de bons elencos. Se pescarmos apenas os líderes, a coisa fica bem mais equilibrada e tudo pode acontecer. Anotem aí o placar: Leste 129-121.

MVP? Gilbert Arenas.

O Agente Zero fez feio na final dos três pontos e, pelo pouco que ouso arriscar sobre aquela mente doentia, vai querer descontar tudo no meio dos cachorros grandes.

Além disso, já fiz minha lista com o que espero ver:

- Gaiatices de Shaquille O`Neal.

- Acrobacias de Vince Carter.

- Carmelo, T-Mac, Joe Johnson e Josh Howard jogando sério.

- Muitos minutos para Parker (o único armador do Oeste).

- Por conseqüência, muitas câmeras na Eva Longoria.

- Pelo menos uma bola de três de Mehmet Okur.

- Cravadas furiosas de D-12, com ou sem adesivo.

E você, o que espera?

Na noite pastelão, vacilaram com D-12

Gerald Green é o campeão de enterradas


Vamos ao momento mais esperado da noite de sábado. Por mais que a gente malhe o campeonato de enterradas, sempre mantemos aquele fio de esperança: desta vez vai funcionar! A edição 2007 do torneio começou com boa dose de criatividade, mas se perdeu na ranhetice dos juízes-medalhões e num desfecho absolutamente anticlimático.

Poderia ter sido melhor. Mas, cá entre nós, também poderia ter sido pior. Aí vai a análise dos concorrentes, um a um, começando pela primeira rodada. Dei uma nota para cada cravada, veja se você concorda.

TYRUS THOMAS
O cheque é de US$ 16.125, pode ir embora. A performance do ala-pivô do Chicago Bulls se resumiu a dois movimentos copiados. Primeiro, virou-se de costas para a cesta e jogou a bola por baixo das pernas, em passe quicado, direto na tabela. Kenny Smith já tinha feito isso e ainda cravou de costas. Nota 8. Em seguida, saltou por cima de Ben Gordon, num replay do famoso lance de Nate Robinson no ano passado (execução razoável, nota 8 também). Para completar, ainda arrancou a rede e interrompeu o evento por alguns minutos. Que mala...

DWIGHT HOWARD
A primeira foi até bonita e plástica, mas sem nenhuma criatividade (no máximo, nota 8). A segunda talvez tenha sido a sacada mais genial da noite. D-12 subiu 15 andares e colou um adesivo no topo da tabela antes de enterrar. Nota 10 pela inovação. Acho que os julgadores não viram o adesivo a tempo e levantaram notas baixas, limando o pivô do torneio. Uma pena. Na próxima, alô NBA, bem que podiam ver o replay num monitor antes de julgar com as plaquinhas.

GERALD GREEN
A combinação com Paul Pierce rendeu uma bela jogada. O veterano bateu a bola na lateral fina da tabela, e o garoto executou um lindo movimento. Nota 9. A segunda foi espetacular. Pierce colocou um boneco de Nate Robinson em tamanho natural na frente da cesta, mas o próprio Robinson, em carne, osso e bom humor, assumiu o posto. Green, então, tirou a camisa e mostrou o uniforme de Dee Brown. Saltou por cima do concorrente e ainda tampou os olhos com o braço, em homenagem ao ex-jogador do Boston. Nota 10, sem dúvida.

NATE ROBINSON
O baixinho abriu a disputa jogando a bola de longe, pegando após o quique e se esticando todo para cravar. Bela enterrada, nota 9, mas o júri não deve ter observado a conclusão direito daquele ângulo. Na segunda, David Lee manteve a bola erguida e Nate pegou para girar e cravar. Com alguma boa vontade, nota 9 também.


Pelo episódio do adesivo, Howard merecia avançar para a decisão com Green. Mas não avançou. Então vamos aos dois finalistas.

NATE ROBINSON
Foi aí que começou a tragédia. O armador dos Knicks errou as duas primeiras tentativas e, em seguida, pegou a bola no ar, segurou o aro com uma das mãos e cravou com a outra. Muito sem graça, nota 7. Mas o pior ainda estava por vir. Na segunda, ele errou OITO VEZES e estourou o tempo de dois minutos. Passou a ter, então, apenas duas chances. Desperdiçou a primeira e, na segunda, acertou o movimento que todo mundo já esperava. Foi bonito, mas 100% previsível. No máximo, nota 8.

GERALD GREEN
A primeira de Green na final foi original, com Pierce lançando a bola por trás da tabela. Mas o resultado não empolgou. Nota 8. Para encerrar a noite, ele botou uma mesa do All-Star no garrafão e saltou sobre ela, executando um lindo movimento. O júri levantou um monte de plaquinhas com a nota 10, mas eu ficaria com um 9. Foi o suficiente.


Título justo para o jogador dos Celtics, mas o espetáculo acabou prejudicado justamente por falhas do melhor júri que a NBA já conseguiu reunir. Os medalhões, na verdade, foram:

1) Ranzinzas. Michael Jordan parecia o Pedro de Lara, não gostava de nada. Os outros acabaram contaminados por ele.

2) Míopes. Aí talvez seja culpa do posicionamento na quadra. Mas tenho quase certeza que ninguém viu direito a execução de Robinson na primeira cravada, e muito menos o adesivo de Howard no lance mais criativo da noite. Quem sabe, no ano que vem, a NBA coloca um monitor de TV para cada um. Por enquanto, fica nossa homenagem ao D-12:



Kapono engole o alemão e o Agente Zero



Para um time que ainda busca recuperação na temporada, o sábado de All-Star vai muito bem, obrigado. Depois de Dwyane Wade, mais um jogador do Miami Heat sai vitorioso. Jason Kapono fez uma série razoável na primeira rodada, mas engoliu Nowitzki e Arenas na final. Com 24 pontos, ele iguala um recorde de Mark Price na seqüência decisiva e faz bonito no ginásio em Las Vegas.

Pelo menos acertei que Arenas arremessaria com uma das mãos.

Ok, é brincadeira. É claro que ele só fez isso quando a parada já estava perdida. Ainda assim, foi divertido.

O mais legal da história é que Kapono foi a um programa de televisão e fez um apelo para participar do torneio. O ala do Miami se auto-convidou, a liga comprou a idéia, e pronto, valeu a pena.

Não deu pro velhinho...



Fantástico o desafio entre o árbitro de 67 anos e o ex-jogador de 67 toneladas. A NBA deveria fazer mais coisas desse tipo no All-Star.

Bavetta fez pose de boxeador vilão, manteve a cara fechada, levou três horas para tirar a calça-agasalho, e até correu direitinho.

Mas eu errei o palpite. E Barkley sobrou.

Cada passada dele valia por duas do nosso juiz-jurássico, o que permitiu a cara-de-pau de encerrar a corrida de costas, enquanto o pobre Bavetta mergulhava na quadra para tentar a vitória.

O ex-craque ainda fez um gênero na entrevista após o desafio, fingindo que não conseguia respirar. Divertido, faz parte do show. O mais legal é a bagunça e o chequinho de US$ 50 mil para a caridade.

Vale lembrar que Sir Charles costuma torrar quantias desse tipo nos cassinos americanos. Estando em Las Vegas, vale o bom exemplo.

D-Wade perfeito, Shaq satisfeito



A trapalhada do Ben Gordon me fez errar a primeira previsão, mas no desafio de habilidades não teve pra ninguém: Dwyane Wade é o bicampeão, com uma série perfeita na final contra Kobe Bryant.

O mais engraçado foi ver Shaquille O`Neal à beira da quadra, com um incrível terno amarelo, feliz da vida com a glória dupla - seu companheiro de time vencendo, seu (ex?) desafeto perdendo.

Então é isso. Vamos ao embate clássico da noite:

Vem aí Barkley x Bavetta!

Ah, Ben Gordon...



Primeiro evento da noite, o Shooting Stars foi um tanto confuso, com problema no relógio, lances revisados no replay e desfecho no tapetão.

Os lendários George Gervin e Michael Cooper afundaram San Antonio e Los Angeles, respectivamente. Foram à final, então, Chicago e Detroit. Chauncey Billups acertou a mira no meio da quadra e fechou a série com 50.9s. Foi aí que Scottie Pippen caprichou na campanha por um novo contrato: o ex-craque meteu a bola de longa distância quando o relógio marcava 47s, mas de nada valeu o esforço.

Tudo porque, no meio do percurso, Ben Gordon atropelou o arremesso de Candice Dupree. A bola que caiu foi a dele, quando deveria ter sido a dela. Ou seja, Chicago eliminado, Pippen frustrado, e uma declaração bem-humorada de Billups, ao lado de Bill Laimbeer e Swin Cash:

"É assim mesmo, parece aqueles velhos jogos entre Bulls e Pistons, cheios de controvérsia", afirmou o armador.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Os pitacos para a noite de sábado

Arenas joga camisas para o público


Para o desafio dos calouros, na noite de ontem, arrisquei um placar de 113-102. Deu 155-114. Foi quase. Como a teimosia é uma virtude, aqui vão os palpitões para os eventos do sábado:

Shooting Stars:
Chicago, com Pippen mostrando serviço.

Desafio de habilidades:
D-Wade, faturando o bicampeonato.

Corrida Barkley x Bavetta:
Bavetta, fácil. Sir Charles vai comer poeira.

Três pontos:
Arenas, arremessando com uma das mãos.

Enterradas:
Gerald Green, com algo realmente novo (espero).

Aquecendo as turbinas para os vôos da noite

Para quem gosta de espetáculo, o sábado é o dia que gera maior expectativa, principalmente pelo torneio de enterradas. Tudo bem que a competição perdeu o brilho da época de ouro, mas a gente sempre nutre a esperança de ver algo surpreendente. Quem sabe não será hoje?

Na festa de logo mais, o favorito é Gerald Green. Ao menos é o que podemos concluir pela elasticidade em quadra. Se quiser vencer, no entanto, Green não pode ser apenas elástico. Tem que ser criativo. Como foi Dwight Howard, ao sugerir uma subida no aro, iniciativa negada pela NBA. Nate Robinson também precisa abusar da imaginação. E Tyrus Thomas... bem, espero que ele pegue o cheque e vá embora...

Então vamos ao aquecimento. Abaixo, vídeos dos quatro candidatos.


Gerald Green:




Dwight Howard:




Nate Robinson:




Tyrus Thomas:




E você? Aposta em quem?

Castigo para Hardaway e conselho para Pippen



As duas notícias mais interessantes do All-Star Weekend até agora pintaram bem longe da quadra. Primeiro, a NBA baniu Tim Hardaway da festa. O ex-jogador do Miami Heat teve um ataque de estupidez e afirmou, num programa de rádio, que odeia os homossexuais.

Pior que a atitude dele, só mesmo os inúmeros comentários dos torcedores americanos em fóruns espalhados pela internet. Grande parte defende Hardaway, o que só mostra como as pessoas ignoram o limite entre a liberdade de expressão e a intolerância.

O outro assunto em pauta é o possível retorno de Scottie Pippen às quadras. Aos 41 anos, o ex-ala do Chicago Bulls quer voltar e ajudar um time que esteja nos playoffs, com chances de título.

Peraí... ajudar?

Scottie, meu caro, siga os conselhos de Sir Charles Barkley e fique onde está. As passagens discretas por Houston e Portland não foram suficientes para manchar sua carreira, mas se ficar insistindo muito...

Veteranos salvam a noite morna dos calouros



Pelo perfil dos jogadores, não dava mesmo para esperar um show de voadoras e cravadas fantásticas. O desafio de sexta-feira terminou com uma vitória fulminante da turma de segundo ano, que massacrou os calouros por 155-114. O desenrolar do jogo foi morno, com muitos arremessos, muitas bandejinhas, e pouco do que realmente interessa:

Espetáculo.

A ressalva fica por conta da dupla formada por Chris Paul e Monta Ellis. Pelas mãos deles, vimos a maior parte dos grandes momentos da noite. Em especial, vale destacar um um lance, já no fim do jogo, quando Paul dribla meia defesa e encontra Ellis para uma bela cravada.

O troféu de MVP ficou com David Lee, do New York, principalmente pelo que fez no primeiro tempo, acertando todos os chutes de quadra.

Tudo bem, essa foi só para aquecer. No sábado tem mais.

Olha o Monta Ellis aí...



Fim do primeiro tempo, 77-48 para a turma de segundo ano. Sim, 77, isto é um recorde no evento. O jogo melhorou bastante com a entrada dos reservas e os lances de efeito começaram a aparecer.

Quando escrevi, no post anterior, que esperava algo de Monta Ellis, na verdade eu não esperava tanto! O moleque do Golden State entrou e completou quatro pontes aéreas...

David Lee foi para o vestiário com 18 pontos, nove de nove arremessos convertidos. Pintou como primeiro candidato a MVP, mas ainda tem muito chão pela frente. Na entrevista à beira da quadra, o repórter perguntou por que ele não é titular no New York Knicks.

"Essa é uma questão para o nosso treinador. Mas temos um quinteto titular que está fazendo um grande trabalho", disse Lee, com uma risada.

Então tá.

Por enquanto, nada muito empolgante...

Calouros e segundo-anistas começaram o desafio na madrugada de sexta para sábado abusando do egoísmo. A impressão é que todo mundo quer ser o MVP: inúmeros arremessos de três ou de média distância, raríssimas jogadas combinadas ou infiltrações. Vale destacar:

- David Lee jogando como se estivesse numa prorrogação do Madison.

- Chris Paul caprichando na defesa, com três roubadas.

- Um ataque quatro-contra-zero dos calouros, que terminou com ponte aérea de Marcus Williams para Jordan Farmar.

- Monta Ellis acaba de entrar. É o último reserva a pintar na quadra. Algo me diz que vem coisa boa por aí.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Uma rápida olhada para o futuro da liga

Brandon Roy e Deron Williams se enfrentam no Desafio dos Calouros


Daqui a pouco, a garotada entra em quadra para o desafio dos calouros contra os jogadores de segundo ano. Como o entra-e-sai é constante e os elencos não parecem muito diferentes em termos de qualidade, tudo pode acontecer. Os segundo-anistas, no entanto, contam com uma vantagem inegável: os dois melhores atletas em quadra. De longe.

Chris Paul e Deron Williams têm bala até para disputar o evento principal no domingo. Maduros, habilidosos e inteligentes, os dois são reforços de luxo para a partida de abertura do All-Star Weekend.

Ao longo do jogo, volto a dar uns pitacos por aqui.

Por enquanto, fique com as escalações e faça suas apostas.

Calouros:
Andrea Bargnani, Jorge Garbajosa, Adam Morrison, Brandon Roy, Marcus Williams, Jordan Farmar, Randy Foye, Rudy Gay e Paul Millsap.

Segundo-anistas:
Andrew Bogut, David Lee, Danny Granger, Deron Williams, Chris Paul, Monta Ellis, Andrew Bynum, Raymond Felton e Luther Head.

Só para botar mais uma azeitona na empada, aí vai uma previsão de placar: 113-102 para a turma de segundo ano. Se eu acertar, largo o basquete e abro uma tenda de vidente na Praça Saens Peña.

Tabela nas alturas? A NBA cortou o barato...

Howard queria voar alto, mas a NBA vetou...


Olá, amigos.

A esta altura, Las Vegas respira basquete. É o que eu imagino, pelo menos. Qualquer amante da bola laranja adoraria passar este fim de semana na terra dos cassinos. Como querer nem sempre é poder, vamos acompanhar daqui mesmo a festa do All-Star Weekend da NBA.

Hoje à noite tem o desafio de calouros, mas vou abrir o blog falando sobre o principal evento de sábado, o concurso de enterradas. Acabo de ver que a NBA deu a segunda bola fora nesta edição do torneio.

A primeira foi não substituir Tyrus Thomas, que afirmou só estar interessado no dinheiro. A segunda, que leio agora no site da ESPN, diz respeito a Dwight Howard. O pivô do Orlando Magic vinha preparando uma cravada especial e pediu uma autorização para subir a altura da tabela. A liga negou e perdeu uma chance de inovar.

Sei lá o que D-12 pretendia fazer, mas só o fato de ter o aro mais alto já seria motivo de curiosidade. Com a tecnologia moderna, subir e descer a tabela não me parece algo tão complicado. Deu mole, sr. Stern. O torneio podia ter ficado um pouco mais interessante...